quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Quinta Feira "inicio" do FDS!!!

"Nada temos a temer quanto a futuro, a menos que esqueçamos a maneira como o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado"
(E.G.White)



Hoje quinta feira, estamos (claro eu e outros da turma ) dando continuidade a nossa "tarefa", de fazermos uma síntese do video narrando a história de Alberto Santos Dumont, mais uma vez que Deus nos oriente e nos capacite para mais um dia! abrçs!

TECNOLOGIA & EDUCAÇÃO:

Uma reflexão sobre a tecnologia como ferramenta de trabalho.¹

BASTOS, Gilmar Carvalho.
Professor da rede Estadual de Ensino (Escola Fernando Corrêa) em Três Lagoas - MS



Tecnologia, ouvir esta palavra em épocas passadas, era sinônimo de curiosidade em relação a épocas futuras, pois remetia a coisas, objetos, aparelhos que fazia de muitos de nós, “viajantes”, pois vagueávamos no mundo de nossa ilimitada imaginação, pensávamos em grandes máquinas que pudessem fazer quase tudo sozinha, um meio, um uso, que no futuro estariam de forma direta nos auxiliando nos afazeres domésticos, em especial em nosso trabalho. O que Alberto Santos Dumont deve ter pensando, parado, raciocinado em relação a aliar sonho com tecnologia e alcançar o seu tão grande sonho de voar, mesmo que fosse por meio de um outro objeto, ou máquina, pode ser confirmado pelas inúmeras tentativas frustradas, deste grande brasileiro.
Mas não precisamos nem olhar no horizonte para enxergarmos o futuro, pois ele não está distante, não está mais aquém de nossos olhos, não se encontra em um horizonte sem fim, pois o futuro é hoje! Futuro pode ser sinônimo de tecnologia, porquê não? Quem nunca ligou tecnologia ao futuro? Partindo deste principio, não é mero conto de fadas acreditarmos, que vivemos na geração da auto-tecnologia, ela já não faz apenas parte de nossos sonhos, de nossa imaginação, ela é parte de nosso dia-a-dia.
E como educadores, temos feito uso dessa tão importante ferramenta chamada tecnologia? Olha tradicionalismo é bom, porém podemos dizer que, o educador tradicional, que desenvolve seu trabalho, e usa como ferramenta a tecnologia, é o super professor. Quem poderia discordar de que, o educador que usa os mais diversos meios tecnológicos, para enriquecer suas aulas, transmitir conhecimento e usando TV, computadores, e outros meios, está de forma bem mais fácil, conseguindo despertar interesse de um número bem maior de seus alunos, do que se este ficasse com as já antigas e conhecidas ferramentas, no qual podemos destacar o giz e o livro. Infelizmente encontramos muitos colegas educadores num estado de letargia, onde qualquer problema é um fator desmotivador, este se torna um obstáculo, para que ele procure outros meios de colocar em prática educação.
Cabe a nós hoje, lutarmos por uma educação inclusiva, não nos deixarmos vencer pelas frustrações, o vídeo mostra tantas tentativas que foram um verdadeiro desastre, porém podemos dispensar qualquer comentário, sobre o que Santos Dumont conseguiu ao colocar em pratica sonho, vontade e tecnologia, os céus, podem testemunhar a favor este sonhador, que conseguir tornar sonho em realidade.


¹ Baseado no filme “Santos Dumont- Do sonho aos Ares”, disponível em http://videolog.uol.com.br

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A RECENTE INDUSTRIALIZAÇÃO E AS TRANSFORMAÇÕES SÓCIO-ESPACIAIS E DEMOGRÁFICAS EM TRÊS LAGOAS/MS .

Gilmar Carvalho Bastos, Bacharel e Licenciado em Geografia pela UFMS, Professor da Rede Estadual de Ensino do MS, e-mail: gilmar.bastos@uol.com.br
Leisa Robles Borba da Silva, mestranda em História na UFGD, bolsista CAPES, e-mail: leisarobles@yahoo.com.br

Três Lagoas situa-se na porção leste do estado de Mato Grosso do Sul, ocupando uma área de 10.206 Km². De acordo com contagem do IBGE (2007), a população é de 85.914 habitantes, com uma densidade demográfica de 8,34 habitantes por Km². Nos últimos anos a cidade de Três Lagoas passa por um processo de desenvolvimento industrial acentuado, fruto dos benefícios fiscais que o estado e município oferecem. Situação essa, impulsionada pelo modo de produção capitalista e políticas públicas federais, estaduais e municipais que impulsiona a industrialização.
Trata-se de um fenômeno novo para a sociedade três-lagoense, principalmente para os trabalhadores que sem “tradição industrial” se vêem frente ao mercado de trabalho que lhes exige ritmo diferenciado daquele vivido até então. Outro fator de relevância são as transformações sócio-espaciais, como o aumento populacional que está mudando o perfil econômico e urbano deste município. É visível a mudança na paisagem da cidade, o que causa a preocupação dos moradores em adaptarem-se a isso, pois precisam se qualificar no trabalho industrial para terem suas necessidades básicas supridas, como moradia, alimentação, vestuário, etc., sendo que essas pessoas estavam preparadas para o trabalho somente no comércio ou na agropecuária.
A industrialização em Três Lagoas é um processo contemporâneo e com a presença das indústrias a economia local passa a dividir com a indústria a mão de obra disponível. Este projeto de pesquisa propõe analisar este processo de industrialização recente (1997-2008) e as transformações sócio-espaciais ocorridas neste município, uma vez que esse processo em Três Lagoas/MS tem mudado o perfil da cidade. A respeito disso Carlos (1989) afirma que o espaço geográfico deve ser concebido como um produto histórico e social do contato que se estabelece entre a sociedade e o meio circundante que são relações de trabalho dentro do processo produtivo geral da sociedade. O homem tem um papel central na medida em que é sujeito, cuja humanidade é construída ao longo do processo histórico, concomitante a reprodução de sua própria vida. Carlos (1992) entende a cidade como a relação do homem com a natureza e a relação do homem com o homem, sendo que as construções resultantes desse relacionamento precisam ser encaradas na sua dimensão humana e no que esta cidade significa para quem dela usufrua.
Objetiva-se entender com a pesquisa as relações (de trabalho, administrativa, gerencial etc) dentro dessas indústrias e o relacionamento das mesmas com a sociedade (impacto local), e também com a administração pública municipal, pois esta foi propulsora por meio de incentivos fiscais do município e do estado incentivando o processo de industrialização. É interessante apontar que essa realidade é a do processo capitalista e não se dá somente por causa de um prefeito(a), mas de políticas públicas estaduais e federais. Tudo isso faz parte do contexto de industrialização das cidades-pólos, para assim desenvolver as cidades do interior.
Busca-se também compreender a dualidade: empregador/empregado e espaço/sociedade, bem como levantar quais são realmente as causas da industrialização, se realmente é a posição geográfica, se são os incentivos fiscais, ou então ambas as hipóteses em conjunto, e quais as alterações sócio-espaciais e demográficas sofridas pela população do município, além de apontar a necessidade de (re)organização da cidade devido a industrialização. O presente trabalho tem empregado e empregará dados bibliográficos com base na história do desenvolvimento industrial do município, dados estatísticos encontrados em órgãos ligados a indústria, tais como SEBRAE, SENAI, agências públicas de empregos; aplicação de questionários aos empregados e empregadores, também com pessoas da sociedade que estão ligadas diretamente ou indiretamente a essas indústrias, buscando compreender essas relações e alterações no município.
Segundo Hobsbawm (1982, p. 44) foi por volta de 1780 que pela primeira vez na história da humanidade “foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humanas”, e a partir daí surgiram as trocas de mercadorias e serviços. O mundo então presenciou um grande acontecimento:
Este foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã-Bretanha. É evidente que isto não foi acidental. Se tivesse que haver uma disputa pelo pioneirismo da revolução industrial no século XVIII, só haveria de fato um concorrente e dar a largada: o grande avanço comercial e industrial de Portugal à Rússia [...].
Qualquer que tenha sido a razão do avanço Britânico, ele não se deveu a superioridade tecnológica e cientifica. Nas ciências naturais os franceses estavam seguramente a frente dos ingleses, vantagens que a Revolução Francesa veio acentuar de forma marcante, [...] mas a revolução Industrial colocou-os (Os britânicos), em um inquestionável primeiro lugar (HOBSBAWM, 1982, p. 45-46).

Apesar da Grã-Bretanha estar em posição privilegiada, outras nações européias não se mostraram tímidas. A Alemanha, por exemplo, tinha grandes instituições técnicas. A agricultura russa, francesa e também a alemã desenvolvia-se e mantinham-se presentes na economia, mas parece que os bons ventos sopravam a favor da Grã-Bretanha. HOBSBAWM (1982, p. 47) acrescentou que “as condições adequadas estavam visivelmente presentes na Grã-Bretanha [...]”.
E no Brasil, como surgiram os primeiros indícios de mudanças econômicas, novas frentes de trabalho, modo de produção para se afirmar que a industrialização estivesse implantada no país? Segundo Simonsen (1973), a produção industrial brasileira iniciou-se no período colonial, mesmo que apresentando uma acentuada importância em relação à produção geral do país, era bem tímida se comparando com a norte-americana, e é claro com a de grandes centros da Europa, ele afirma que:
As razões determinantes desse estado de coisas não residem principalmente na insuficiência de nossos governos ou na falta de predicados brasileiros [...] no passado sob o predomínio de outros fatores que não os atuais, na evolução do progresso já desfrutamos mesmo sob o regime colonial uma situação de elevada produtividade em relação ao conjunto dos povos de então. (SIMONSEN, 1973, p. 5).

Simonsen (1973) acrescentou que mesmo com dificuldades, a produção industrial brasileira já foi superior a dos E.U.A. e até mesmo da Inglaterra. Podemos notar que a indústria acaba marcando uma sociedade, “as indústrias são consideradas padrão do adiantamento de um povo” (SIMONSEN, 1973, p. 54).
O processo de industrialização em Três Lagoas é recente, mas os seus ideais estão em meados do século XX: “vale dizer que no final dos anos de 1960, Três Lagoas era considerada a Cidade Promessa” (SOUZA, 2003, p. 571). Para o poder público nacional, estadual e municipal a cidade apresentava características que contribuíam com a industrialização como, por exemplo, a proximidade com fontes de energia hidroelétrica, como é o caso do Complexo Urubupungá e o ritmo intenso de crescimento populacional que a cidade vinha tendo desde os anos de 1960. Além do mais havia a mobilização em torno da idéia de crescimento e industrialização, idéia essa que fora profundamente propagada pelos órgãos de comunicação local e órgãos públicos municipais durante os anos de 1960 em conseqüência da construção da Usina de Jupiá.
Houve até mesmo um programa financeiro de implantação do Distrito Industrial de Três Lagoas I (DITL I) nos anos de 1970, mas todo esse discurso não surtiu efeitos na cidade, pois mesmo com a implantação do Distrito Industrial na cidade, as indústrias que efetivamente se instalaram foram as que já existiam e apenas houve um (re)alocamento das mesmas, pois Três Lagoas nos anos de 1970 foi alvo de projetos voltados para o desenvolvimento urbano industrial como nos Planos Nacionais de Desenvolvimento que propunham intervenções em determinadas cidades de porte médio do país, que eram consideradas pólos regionais.
Isso estava embasado na teoria de François Perroux, assinalando a importância da criação de cidades-pólos, para que as mesmas se desenvolvam industrialmente e consequentemente haja o desenvolvimento de toda a localidade na qual se insere. Com a criação desses pólos haveria o crescimento da região circunscrita, pois o cerne dessa teoria é de que somente com a indústria há desenvolvimento. Por isso, vultosos investimentos foram aplicados em Três Lagoas para que ela se consolidasse como pólo de desenvolvimento.
A recente industrialização no município teve início com a chegada da indústria de biscoitos Mabel, que se instalou na cidade no ano de 1997 . A industrialização chegou acanhada, mas atualmente a situação já não é mais a mesma. De acordo com Marisa Coutinho do Jornal HOJE MS , Três Lagoas desponta como um dos principais municípios em desenvolvimento industrial no Mato Grosso do Sul, desde 1997, já se instalaram no município mais de 32 indústrias de médio e grande porte, somando um PIB de R$ 1,5 bilhão ao ano, e esse ritmo não pára, pois a cada ano, surgem novas indústrias. Dados do Ministério do Comércio Exterior mostram que o município é o terceiro no Estado de Mato Grosso do Sul, nas exportações de produtos, chegando ao valor de US$ 50 milhões ao ano. Dentro de poucos meses dar-se-à início a operação das fábricas da VCP (Votorantin Celulose e Papel) e IP (International Paper), que possui atualmente no município uma área de cerca de 100 mil hectares de eucaliptos.
Após esse investimento feito por estas duas empresas, já está confirmado outro, agora é o Grupo Grendene, e este será o segundo maior investimento na história do município Simonsen [1973] afirma que a indústria tem como necessidade a expansão de sua produção, e muitas indústrias nesse intuito procuram isso em Três Lagoas, assim, conseguem direta e indiretamente interagir e transformar o perfil sócio-econômico e espacial do município.
No estado do Mato Grosso do Sul, e especificamente em Três Lagoas, o que vem fazendo com que muitas indústrias se instalem, são os incentivos fiscais, que são o atrativo para as mesmas. Alguns fatores contribuem com a industrialização na cidade como o mercado regional considerável; matéria-prima de natureza agropecuária que pode ser industrializada no local; entroncamento rodo ferroviário que permite o escoamento da produção e a proximidade com fonte de energia hidroelétrica (Complexo Urubupungá).
Na atualidade, tanto no município de Três Lagoas quanto em várias partes do globo, percebe-se que a parcela da sociedade que vive tendo todas suas necessidades supridas, e que gozam de conforto, é bem pouca, a grande massa vive com uma baixa renda, e não consegue sequer suprir suas necessidades mínimas. Essas pessoas estão cansadas dessa situação e começam a cobrar mais, lutar por seus direitos e fazer com que os que já existam sejam cumpridos, um exemplo disso é o sindicato dos empregados na indústria, que está se desenvolvendo no município. Em vistas dessa situação é importante salientar que no capitalismo o espaço urbano é profundamente desigual; a desigualdade é característica própria desse modo de produção. “A cidade se reconstrói a partir dos desejos e dos atos humanos. Igualmente sua forma é imposta pelos anseios e invenções dos homens, produtores e consumidores do espaço” (ANDRADE, 2007, p 02).
Para Souza (2002) com o surgimento da fase monopolista do capitalismo no Brasil, houve a idéia de que as condições de vida da população, padrões de vida melhorariam (mas não é isso o que ocorre), por estarem intimamente ligados com a industrialização que produz “desenvolvimento, que é seu componente ideológico fundamental. Nesta concepção, desenvolvimento significa industrialização. A busca do desenvolvimento tornou-se quase uma obsessão no Brasil“ (SOUZA, 2002, p. 29). Dessa forma, os governantes empenhavam-se a alcançá-lo.
As expressões industrialização e urbanização têm aparecido sempre associadas, como se tratasse de um duplo processo, ou de um processo com duas facetas. A identidade entre estes dois fenômenos é tão forte, que não podemos fugir de sua análise, se queremos refletir sobre a sociedade contemporânea (SPOSITO, 1989, p. 42).

Carmo (1950) em seu trabalho “História e crítica do trabalho no Brasil”, comentando um discurso de Vargas, pronunciado no 1º de maio de 1938, salienta que o governo Vargas tinha como objetivo privilegiar a classe operária, e até o denominaram de “O pai dos pobres”. Vargas estabeleceu leis que beneficiaram a classe trabalhadora, realizou intensas campanhas a fim de incentivar o trabalhador brasileiro no desenvolvimento do país. Podemos perceber assim que a muito tempo o Estado vem querendo se auto promover ao lançar políticas que venham amparar a classe trabalhadora.
De acordo com Singer (1983), o homem tem suas necessidades, e na busca de saná-las, ele vai se inserindo, no meio econômico, ou seja, começa a buscar no trabalho a sua satisfação. Por isso muitos são os trabalhadores que migram para Três Lagoas, com intuito de trabalhar nas indústrias e isso vem resultando num crescimento populacional.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a população de Três Lagoas teve um crescimento na média de 10% (1996) em relação com o senso de 2000, com isso tornam-se perceptíveis as mudanças sócio-espaciais no município. Ele afirma que não é difícil perceber que a urbanização se acelera nos paises cuja estrutura econômica, sofre impactos diretos do processo de industrialização, neste trabalho, podemos reduzir esta escala geográfica a nível de município, e confirmarmos o pensamento do autor.
Singer ainda ressalta que os investimentos no setor industrial de uma determinada cidade leva a decadência de outras regiões, essa problemática é perceptível em Três Lagoas que assiste a um crescimento populacional, enquanto outras cidades da região têm pouco crescimento. Essa cidade é umas das cidades-pólo do estado, devido a isso os investimentos na mesma. As transformações ocorrem constantemente, e a cidade começa a ter o seu traçado mudado:
Essas transformações sociais que se operam nos diferentes países atingem o conjunto dos grupos sociais e das principais instituições que existem no meio urbano [...] a aglomeração industrial representa, ela mesma cada vez menos, uma estrutura social de conjunto bem definida
(LAUWE in: VELHO, 1976, p. 115).

O impacto da industrialização sobre a urbanização tem causado mudanças estruturais no papel e na estruturação do espaço interno das cidades. “Esta produção social das formas espaciais, é ao mesmo tempo manifestação e condição do estágio de desenvolvimento das forças produtivas sob o capitalismo” (SPOSITO, 1989, p. 64). No entanto o processo de urbanização não se limita à concentração de elementos visíveis sobre o solo, mas inclui o surgimento de novas relações econômicas e de uma identidade urbana peculiar que se traduz em estilos de vida próprios. Com a continuidade do processo de urbanização, a cidade se transforma de diversas formas: setores urbanos especializam-se; as vias de comunicação tornam-se mais racionais; criam-se novos órgãos administrativos; implantam-se indústrias gradativamente na periferia do núcleo urbano original que modificam-lhe a feição.
Pensando no contexto brasileiro, o papel do Estado foi decisivo no processo de industrialização nacional, já que este sempre interviu na economia no sentido de manter o status quo e favorecer certas transformações. Nos momentos em que se processaram transformações econômicas e sociais, o Estado [...] aparece para equilibrar e quebrar o ponderável do excedente econômico (IANNI, 1989, p.50). Assim, o padrão do desenvolvimento industrial, mesmo seguindo uma lógica estipulada por instâncias superiores, dependerá de certos elementos favoráveis ao seu florescimento no nível local.
(GONÇALVES & GUIMARÃES , 2002, p. 311).

Em Três Lagoas esses elementos favoráveis são os incentivos fiscais, e doações de terrenos oferecidos pela administração local, o que acaba se tornando em atrativos para essas indústrias se instalarem no município, e uma vez instaladas, o perfil do município sofre alterações, e estas são o fator motivador deste projeto, que vê nesta atual situação, uma forma de entender melhor os fatores de ordem sócio-espacial que atuam de forma direta na transformação de uma área geográfica. De acordo com Corrêa (1993), o interesse do ser humano, de conhecer e atuar sobre a cidade, deriva do fato de este ser lugar onde vive parcela crescente da população.








Referências Bibliográficas

ACITL, Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas (2004). Três Lagoas/MS.

ANDRADE, Aneluska. A arte de embelezar as cidades: O uso da eletricidade na construção de novas paisagens. Anais do XXIV Simpósio Nacional de História – 2007. Associação Nacional de História – ANPUH, São Leopoldo/RS, 2007.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. A cidade. São Paulo: Contexto, 1992.

__________. Espaço e indústria. São Paulo: Contexto, 1989.

CARMO, Paulo Sérgio do. História do trabalho no Brasil. São Paulo-SP: Moderna, 1998.

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1993

DEAN, Warren. A industrialização de São Paulo: 1880-1945. 2ª ed. São Paulo: Difel. s/d.

GONÇALVES, Márcio Teixeira & GUIMARÃES, Raul Borges. Considerações preliminares acerca da industria de confecções em Cianorte / PR, e sua dimensão escalar. In: FERREIRA, Yoshiya Nakagawara; FUSCALDO, Wladimir César e JUNIOR, Eduardo Marandola (orgs.). Geografia, ciência e filosofia: Interdisciplinaridade e interfaces de conhecimento – contribuições científicas da XVIII Semana de Geografia da Universidade Estadual de Londrina. Londrina – PR: Humanidades 2002.

HOBSBAWM, Eric J. A era das Revoluções: 1789-1848. 4 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

IBGE, Censo demográfico de 2000. IBGE 2004, www.ibge.gov.br Acesso em 19/04/2005.

JORNAL HOJE MATO GROSSO DOSUL, Ano 1, nº 26 de 7 de Agosto de 2005.

LARANJEIRAS, Sônia M. G. A Realidade do trabalho em tempo de globalização (Precarização, Exclusão e Desagregação Social) In SANTOS, José Vicente dos (org.) Violência em tempo de globalização. São Paulo: Hucitec, 1999, p. 123-141.

LAUWE, Paul-Henry Chombart de. Organização social no meio urbano. In VELHO, Otávio Guilherme, (org.). O fenômeno urbano, 3ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1976, p. 114-128.

PINHEIRO, Paulo Sérgio & HALL, Michael M. A Classe Operária no Brasil-1889-1930: Documentos Vol. 1. O Movimento Operário. São Paulo: Alfa Omega. 1979.

SIMONSEN, Roberto Cachrane. Evolução Industrial do Brasil e outros estudos. São Paulo: Edusp. 1973.

SINGER, Paul. Curso de introdução à economia política. 8ª ed. Rio de Janeiro-RJ: Florense-Universitária, 1983.

_______. Economia Política da urbanização. São Paulo: Brasiliense, 1977.

Site: www.treslagoas.ms.gov.br Acesso em 25/07/2008.

SOUZA, Adáuto de Oliveira. A estratégia dos pólos e a política nacional de desenvolvimento: programa cidades de porte médio em Mato Grosso do Sul. In: Encontro de História de Mato Grosso do Sul. Anais do VI Encontro de História de Mato Grosso do Sul. História, Memória e identidades. Dourados, 2002.

__________. Planejamento industrial e desenvolvimento regional: o caso de Três Lagoas. Anais CD ROM do XII Encontro Sul-Mato-Grossense de Geografia, Três Lagoas, set. 2003.

SPÓSITO, Elizeu Savério. A vida nas cidades, 2ª ed. São Paulo: Contexto, 1996.

SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Capitalismo e Urbanização. 2° ed. São Paulo: Contexto, 1989.

TRÊS LAGOAS, Prefeitura Municipal. Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Cultura e Meio Ambiente. Três Lagoas/MS, (administração 1996/2004)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Boas Vindas!!!

Olá pessoal, estou criando um novo canal de comunicação, para que tenhamos melhores condições de interagirmos !!!
Espero que gostem e que estejam sempre passando por aqui!!!

Abraços do Prof Gilmar